segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Número de infectados pelo vírus da Aids aumenta em Santarém em 1 ano


  Em um ano, o número de pessoas infectadas pelo vírus da Aids aumentou em Santarém, oeste do Pará. Em 2013, havia 99 casos confirmados, enquanto neste ano, já foram constatadas 128 pessoas infectadas, de acordo com o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). Em 2012, esse número era apenas metade do atual, com apenas 68 casos.
Dos casos confirmados em Santarém nos últimos dois anos, 201 são homens, e 95 são mulheres. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, 38% dos brasileiros afirmaram que não usam preservativos durante as relações sexuais.


Há dez anos, um homem de 32 anos, que não quis ter a identidade revelada, foi diagnosticado com a doença. Ele conta que passou por momentos difíceis, mas nunca desistiu de viver. Durante todo esse tempo ele faz tratamento e conta com o apoio da família e amigos. Segundo ele, esse foi um dos pontos fundamentais para enfrentar a realidade. Com toda a experiência de vida, ela alerta outras pessoas a se proteger contra o vírus. “Que se cuidem mais, não pensando só em si, porque muita gente tem o vírus HIV e não sabe e, por falta do costume de usar preservativo, contaminam as outras pessoas”, disse.
Nesta segunda-feira (1º), é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids e, em todo o Brasil, são feitas campanhas para combater a doença, devido o número de casos ter crescido em todo o país. Para prevenir a infecção pelo HIV, o uso do preservativo é muito importante.
Em Santarém, de acordo com o CTA, a faixa etária que mais contrai a Aids envolve homens entre 30 e 40 anos. “Isso é um dado preocupante porque a gente tem percebido que apareceram casos de pessoas de 45 anos a mais, que antes era bem mais raro aparecer. Se você for ver, as pesquisas mostram que a maioria deles não usa preservativos”, explicou a coordenadora do CTA, Ana Lúcia Ferreira.

Lei da discriminação
Começou a vigorar no dia 2 de junho, em todo o país, a lei que torna crime a discriminação a pessoas portadoras do vírus HIV. A lei prevê a punição de um a quatro anos de prisão para quem praticar algum ato que gere constrangimento ou desrespeite pacientes, seja em locais públicos, escolas ou no ambiente de trabalho.

São consideradas condutas discriminatórias: exonerar ou demitir de seu cargo ou emprego; impedir que permaneça como aluno em creche ou estabelecimento de ensino público ou privado; recusar ou retardar atendimento de saudê.  

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